segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Adoção por casais homossexuais


Foto retirada do blog: michele-michelelarissa.blogspot.com

Vídeo indicado pelo colega "Panda", seguidor do blog. Obrigada, querido!
Queridos seguidores e leitores,
Como prometi anteriormente, escrevo hoje sobre a adoção de uma criança por um casal homossexual, assunto delicado e muito discutido atualmente.
Sempre costumo trazer casos do consultório, mas hoje farei um post mais teórico, pois ainda não atendi alguém que vive esse tipo de situação.
Antes de qualquer coisa, eu gostaria de ressaltar os dois pontos chave que transformam essa questão em tão polêmica e controversa: o reconhecimento, perante a sociedade, da existência de um núcleo familiar homoafetivo e a conseqüência gerada aos adotados por estas famílias.
Infelizmente, vivemos em sociedade e damos abertura para que as pessoas invadam nossas vidas. Com isso, damos a elas o direito de opinarem. Quando a pessoa possui um conhecimento sobre o assunto, acho até válido que ela opine e acrescente algum tipo de aprendizado. O grande problema é que existem pessoas que não conhecem nada sobre o assunto e, infelizmente, opinam de forma negativa e preconceituosa.
Embora haja esse "grande" impasse cercando o assunto, não podemos, de forma alguma, ignorar o direito dos homossexuais à adoção e, muito menos, os benefícios trazidos à sociedade em decorrência da formação de um novo lar aos adotados.
Paulo Bonança, psicólogo carioca, traz algumas questões interessantes em uma entrevista concedida ao site redepsi.com.br e acho válido expor algumas dessas questões, de forma resumida, como um convite à reflexão.
Geralmente, as pessoas dizem que uma criança adotada por um casal gay pode se tornar homossexual devido ao convívio. Paulo dá uma resposta espetacular e óvia: "Seria muito difícil poder afirmar que uma criança adotada por um casal gay venha a ser gay devido ao convívio. Seria o mesmo que afirmar que filhos de héteros serão héteros devido ao convívio com os pais héteros." Diante dessa resposta, acho que não preciso dizer nada.
Uma outra questão abordada seria sobre o preconceito existente na sociedade em relação a essas crianças. Frente a isto, Paulo friza que seria fundamental manter os canais de comunicação abertos, dizendo ao filho que eles estão dispostos e disponíveis a conversar sobre o tema e a responder às dúvidas que ele possa vir a ter.
A orientação sexual dos pais não é algo tão importante para eles, dentro de casa, mas para algumas pessoas que vivem fora dessa relação, pode ser. Isto ocorre porque elas não sabem, não entendem o que é a homossexualidade.
Paulo deixa sua mensagem: "Omitir que é gay é instalar um segredo dentro do convívio familiar, é negar uma situação que pode ser óbvia, é negar os avanços sociais que levaram o casal à possibilidade de adotar esta criança, é colocar a homossexualidade dos pais dentro de um contexto obscuro. Talvez antes de negar ou afirmar algo, seja melhor averiguar o que a criança já sabe e o que pensar sobre a situação." Acho que tudo fica tão claro nessa entrevista, que não preciso expor a minha opinião, que acaba se misturando muito à opinião desse psicólogo.
Ainda assim, preciso deixar um recado para finalizar o post. Vamos pensar de forma mais positiva? Não podemos negar que existe preconceito e discriminação, mas o que a adoção visa? Segundo o que eu conheço e o que eu penso sobre o assunto, o principal é dar um lar cheio de afetividade a essa criança, para que ela tenha oportunidades de se desenvolver, se tornando um cidadão. Então, meus caros, por que dar tanta importância à sexualidade dos pais?
Respondam, devolvam a pergunta, reflitam, pensem sobre isso...a idéia do blog é justamente essa!
Obrigada a todos e um grande abraço!

11 comentários:

  1. Acho que o preconceito contra o homossexual ainda vai demorar a ser dissipado, mas eles são pessoas que sempre estão em constante luta contra isso, não é? Um dia, a água que tanto bate, vai furar essa pedra.
    Já viu no youtube um vídeo sobre um menino que tem pais gays? Ele fez inclusive uma música pra eles. O vídeo é muito legal! Achei com legenda, veja, se ainda não tiver visto:
    http://www.youtube.com/watch?v=oX9y3cn-OVo&feature=player_embedded

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  2. Acho que todo tipo de preconceito demora a ser dissipado. Compete à vítima impor o seu limite e a barreira necessária para que as pessoas não invadam suas vidas. Muito obrigada pela indicação do vídeo, querido!Já adicionei à postagem. Um abraço!

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  3. Oi Ana Luiza, vim ao seu blog através de sua solicitação na comunidade da ACP no Orkut. Parabéns pelo trabalho.

    Interessante esta questão, extremamente atual. Parece-me que o mais importante é não "colocar a carroça na frente dos burros", mas deixar os questionamentos surgirem espontaneamente por parte da criança, do mesmo modo que ela faria com pais heterossexuais, e respondê-los de modo sincero e de forma que ela consiga compreender de acordo com seu estágio de desenvolvimento. Sem dúvida vale muito mais constituir um lar amoroso, com todas as possíveis diferenças que há entre as pessoas, do que privar um ser humano de afeto autêntico em nome de um ideal de família e de ser humano... Sejamos um pouco mais realistas.

    Um abraço pra você!

    Lu Geiger

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  4. Olá, Lu!
    Concordo com suas palavras e fico feliz pela visita ao meu blog. FIque à vontade para continuar acessando. Um grande abraço!

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  5. Olá, achei interessante sua postagem..parabéns!

    ass: Kelle Gardênia(Estudante de Psicologia)

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  6. Olá, Kelle. Obrigada pelo elogio ao blog. Continue acompanhando. Beijos!

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  7. Olá Lu!

    Concordo com seu posicionamento. Como você disse, o objetivo ao adotar uma criança é proporcionar amor e cuidado à ela. Isso independe da opção sexual dos pais. Comentários maldosos sempre existirão e particularmente ainda acho cedo para uma mudança de comportamento da sociedade, esse é um processo demorado mas que, concerteza, irá acontecer. Até lá, cabe aos pais conversar e mostrar à criança que ela tem uma família normal, que dá a ela tudo o que qualquer outra poderia dar.

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  8. É isso mesmo, Ana...é um processo que tem tudo pra dar certo!E vamos torcer pra que esse mundo mude um pouquinho né...obrigada pelo comentário, viu?Um beijo!

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  9. Por eu não concordo com isso ,acho uma falta de respeito e não concordo q um casal homoxesual adote uma criança,não é so um lar q essas crianças precisam e sim de muito respeito como vai ficar a cabeça dessas crianças ao verem dois homens ou duas mulheres se beijando,é muito vergonhoso eu vou ser sempre essa pessoal preconceituosa,é muito nogento Deus fez um homem e uma mulher para construir familia se fosse normal Deus tinha feito um sexo so.

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  10. Eu não suporto acho q o q Deus fez ninguém poder mudar isso é uma falta de respeito e de amor por ela sua familia ja pensou o sofrimento de seus pais em saber q seu filho ou sua filha se envolve com o mesmo sexo,é muito vergonhoso a mãe espera nove meses para depois ver seu filho ou filha vivendo uma situação dessa,eu não acredito q isso é amor eu acho q é uma falta de vergonha e nunca vou aceitar isso na minha cabeça.

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  11. Meu filho, sou obrigada a respeitar sua opinião preconceituosa, mas vai aprender a escrever antes de comentar aqui no blog. Aprenda a pontuar o seu texto e evite erros tão gritantes como noGento com G!Ninguém merece isso!
    Além disso, se quiser comentar, pelo menos se identifique e não seja tão agressivo!

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Prezados leitores do blog "Era uma vez...", por favor evitem comentar como "anônimo", pois gosto de responder às pessoas que apreciam o meu trabalho. Se puderem deixar o e-mail, fico agradecida. Um abraço e voltem sempre!