domingo, 27 de março de 2011

Desafio: Compulsão Alimentar



Olá, queridos leitores!
Há uma semana uma paciente que gosto muito de atender me trouxe uma grande questão que nunca havia sido tratada durante o tratamento: "Ana Luiza, acho que tenho um distúrbio alimentar. Como compulsivamente, mesmo sabendo que já estou satisfeita. Me ajude nisso!". Essa frase foi colocada bem no finalzinho da sessão, o que foi ótimo, pois pude pesquisar mais sobre o assunto, antes de atendê-la novamente.
Ao ler alguns artigos sobre o assunto, encontrei algumas dicas aos compulsivos alimentares:
  • Não faça dietas muito rígidas, pois estas colaboram para o estado compulsivo;
  • Coloque em sua cabeça que nenhum tipo de alimento está proibido, mas deve ser controlado. A proibição de um alimento cria um desejo exagerado por ele;
  • Ao terminar uma refeição, levante-se da mesa. Muitas vezes você continua a comer apenas porque a comida está na sua frente;
  • Lembra-se que a comida só tem efeito curativo em relação à fome. Problemas e sentimentos têm outro tipo de solução, como uma boa conversa, um desabafo, uma ida ao cinema, um esporte;
  • Não pule refeições. Um grande intervalo de tempo sem comida pode deixá-la compulsiva no momento em que for se alimentar novamente;
  • Evite comer quando estiver cansada, pois você vai querer comer rápido para poder descansar e com isso, provavelmente, você vai comer mais do que seu organismo precisa. Faça o inverso: ao chegar em casa, depois do trabalho, tome um banho, vista-se confortavelmente e depois vá comer;
  • Não coma em pé ou andando pela casa. Assim, não vai saborear os alimentos e nem perceber quando estiver saciada;
  • Anote tudo o que comer, pois isso vai ajudá-la a familiarizar-se com seu padrão alimentar e a perceber o que deve ser mudado.
Agora que as dicas estão lançadas, pensem: Que vazio você tenta preencher com esta compulsão?Quais necessidades você tenta satisfazer através da comida?
Dialogue com seu corpo todos os dias!Ninguém o conhece como você mesma!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Amor e mentira...

Hoje, ao entrar em meu “facebook”, dei de cara com uma atualização de uma colega dizendo o seguinte: “O amor é sentimento que ocorre entre duas pessoas que ainda não se conhecem verdadeiramente”. A seguinte frase insinua que o amor é ilusório e que, a partir do momento em que as pessoas se mostram, verdadeiramente, o amor acaba.
Bom, o que dizer? Essa pessoa ainda não conheceu o amor verdadeiro? Quem sabe ela não viveu uma enorme mentira? É importante ressaltar que essa é uma opinião minha, completamente sujeita a comentários e argumentos contrários, ok?
Sabemos que o início de uma relação é sempre marcado por muita paixão, o que faz com que, muitas vezes, percamos o discernimento e a objetividade em relação à pessoa com a qual nos relacionamos. Essa primeira fase é a mais intensa da relação, o que implica em alguns riscos. Cabe a nós a escolha de correr ou não esses riscos e arcar com as conseqüências dessas escolhas, não é mesmo?
A psicóloga portuguesa Cláudia Morais alerta: “Algumas pessoas mentem desde o início da relação. Fazem-no pelas mais diversas razões e podem arrastar a pessoa amada para uma situação de vulnerabilidade e desapontamento que deixa marcas. Uns mentem porque sentem a necessidade de manter uma vida secreta/ paralela; outros mentem por serem paranóicas e não conseguirem confiar a verdade a ninguém; outros porque são sociopatas, incapazes de ser honestos; já outros ocultam segredos horríveis do seu passado. Enfim, há mil e uma razões.”
Independente da justificativa dada a mentira, sabemos que o tempo trará discernimento sobre quem é quem, se existe amor ou se é só ilusão.
No início do relacionamento, as “mentirinhas” são mascaradas pela paixão, sendo assim, completamente justificáveis. Porém, depois de algum tempo, a verdade e o alerta interno da pessoa começam a dar alguns sinais de que algo está errado na relação.
Ainda que a dor relacionada ao confronto com a mentira seja muito forte e possa, assim, condicionar a forma como a pessoa traída olha para as relações amorosas - ou seja, a partir de uma relação ela projetará a próxima - é preferível, obviamente, que este desencanto surja numa fase inicial. Descobrir que a pessoa usava uma máscara, em um momento muito maduro da relação, implica uma frustração maior.
Portanto, meus caros leitores, vamos permitir que o tempo passe e que a euforia do início da relação dê lugar à reflexão e ao discernimento? Só assim poderemos avaliar a pessoa amada, olhando a realidade de forma mais objetiva.
Ô Tarefa difícillllllllll!!!